PERFIL GENÉTICO

garantia da coletividade ou afronta a direito individual constitucional

Autores

  • Josiane Maria Batista Soares

Palavras-chave:

banco de perfis genéticos, Obrigatoriedade de coleta, Ofensa a direito individual, Prevalência do direito coletivo, Pendência de julgamento pela suprema corte

Resumo

O artigo tratará sobre o banco de dados de perfil genético do Sistema Criminal Brasileiro, usado com o intuito de auxiliar na investigação criminal e resolução do crime. Será enfatizado o surgimento do banco de dados no Brasil, fazendo um paralelo com outros países e as evoluções ocorridas aqui no Brasil devido às modificações da legislação. O armazenamento destes dados em grande quantidade e sua utilização com o objetivo de auxiliar nas investigações criminais tem feito surgir vários questionamentos sobre sua importância para a coletividade e o quanto isto pode afetar o direito individual do acusado. Abordar-se-á sobre a Constitucionalidade do Banco Genético perante a Constituição Federal, já que pode ele violar o direito de privacidade do indivíduo, devido à obrigatoriedade do fornecimento de material genético, sob pena de incidência em falta grave. A problematização está em descobrir qual direito deverá prevalecer: o individual ou o interesse público? Até que ponto um deve se sobrepor ao outro? Tratará afinal da Lei 12.644/2012 e as alterações trazidas pela Lei nº 13.964, de 24 de Dezembro de 2019, pelo pacote “anticrime” e ao final será conclusivo ao enfatizar a Constitucionalidade destas alterações frente às recentes interpretações autênticas dadas pelos Tribunais Superiores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Josiane Maria Batista Soares

Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito de Sorocaba. Artigo elaborado sob orientação Prof Gustavo dos Reis Gazzola, publicado após aprovação do Trabalho de Curso.

Referências

ANDREUCCI, Ricardo. Legislação penal especial. 9º ed./São Paulo: editora Saraiva,2013, p.212.

ARAÚJO, Deborah Alcantara de; SOUZA, Carlos Antônio de; CAMPELLO, Reginaldo Inojosa Carneiro; CARVALHO, Marcus Vitor Dinizde; SORIANO, Evelyne Pessoa; BUSHATSKY, Magaly. A genética forense como ferramenta de auxílio às ciências forenses: experiência de um Estado brasileiro. Revista Brasileira deCiências Criminais. vol. 164, 2020. p. 415-444. fev, 2020. DTR, 2019, 42746.

AUGUSTI, Mariana. Ciências Penais: identificação criminal por perfil genético (Lei nº 12.654/12): análise sob a ótica do princípio da proporcionalidade e sua relevância para a atuação do Ministério Público. Revista Jurídica. Escola Superior do Ministério Público de São Paulo, São Paulo, SP, v. 7, p. 109-127., 2015.

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/41395/da-constitucionalidade-da-identificacao-criminal-mediante-perfil-genetico. Acesso em: 14 jun. 2020.

CONTI, Paulo Henrique Burg; SOUZA, Paulo Vinicius Sporleder de. A diversidade genética humana na era dos diagnósticos genéticos: aspectos bioéticos e da proteção de bens jurídico- penais supraindividuais. Revista Brasileira de Ciências Criminais. vol. 150, 2018. p. 77 – 118. Dez, 2018. DTR, 2018, 22441.

CORAZZA, Thaís Aline Mazetto; CARVALHO, Gisele Mendes de. A identificação genética dos civilmente identificáveis como meio de prova de autoria. Disponível em: https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/revjuridica/article/download/3621/2429/ Acesso em: 14 jun. 2020.

GIONGO, Juliana Leonora Martinelli. A identificação criminal pelo DNA em face da garantia contra a autoincriminação. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/redp/article/view/25368. Acesso em: 15 jun. 2020.

GRANT, Carolina. Limites e possibilidades constitucionais à criação dobanco de perfis genéticos para fins de investigação criminal no Brasil. Disponível em: http://www.abdconst.com.br/revista6/limitesCarolina.pdf. Acesso em: 15 jun. 2020.

GRECO, Rogério. Coleta de perfil genético como forma de identificação criminal. Revista Jurídica Consulex. Brasília, DF, v. 17, n. 389, p. 32-33., 1ªquinz.abr 2013.

GRECO, Rogério. Identificação do perfil genético cini efeito da condenação. In:. Curso de direito penal: parte geral - Arts. 1º a 120 do CP. 19. ed. revisada, ampliada e atualizada até 1º de janeiro de 2015 Niterói, RJ: Editora Impetus, 2017. v. 1 . 949 p., Brochura, 23 cm. (1). ISBN 9788576269304. p. 796-797.

GUEDES, D. A. P. S.; FERNANDES, R. M.. A adequação da lei de execução penal ao princípio da dignidade da pessoa humana. Disponível em: www.atenas.edu.br. Acesso em: 25 fev 2017.

MAHMOUD, Mohamad Ale Hasan; MOURA, Maria Thereza Rocha de Assis. A Lei 12.654/2012 e os Direitos Humanos. Law 12.654, 2012 and human rights. Revista Brasileira de Ciências Criminais. vol. 98, 2012. p. 339-358. set – out, 2012. Doutrinas Essenciais Direito Penal e Processo Penal. vol. 6, 2015. jan – dez, 2015. DTR, 2012, 450723.

MARGRAF, Alencar Frederico; CASTRO, Letícia Pereira; OLIVEIRA, Marcelo Geraldo de. Banco de dados genético e o princípio nemo tenetur se detegere. Revista Brasileira de Ciências Criminais. vol. 161, 2019. p. 75-99; nov, 2019. DTR, 2019, 40730.

MARIÚ, Pedro Rabello. A busca pela equidistância entre garantismos: identificação criminal de perfis genéticos e análise da constitucionalidade do art. 9-a da lei de execuções penais no recurso extraordinário nº 973837/MG. Revista do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, v. 70, n. 70, p. 209-224., out./dez. 2018.

MASCHIETTO, Caroline Maria. Coleta de perfil genético como forma de identificação criminal. [s.ed.] Sorocaba, SP: Faculdade de Direito, 2016. 36 p., Brochura, 30 cm.

MELO, Bricio Luis da Anunciação. A submissão obrigatória à identificação de perfil genético para fins criminais. 1ª ed. – São Paulo: Letras Jurídicas, 2019.

NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de execução penal. 3ª ed. – Rio de Janeiro:Forense, 2020.

NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. Volume 2. 6º ed. São Paulo, editora revista dos tribunais, 2012, p. 409.

OLIVEIRA JUNIOR, Eudes Quintino de. Coleta de perfil genético a nova lei penal. Revista Jurídica Consulex, Brasília, DF, v. 16, n. 372, p. 18-19, 2ªquinz. jul 2012.

Parâmetros legais para a criação de um banco de perfis genéticos para finsde persecução criminal. Série Pensando o Direito, Brasília, DF, n. 43, p. 66-72, dez.. 2012. Assuntos: Check list para regulamentação, Quanto à coleta domaterial, Quanto ao armazenamento de dados e processamento, Quanto à gestão de banco de perfis genéticos, Quanto à valoração do perfil no processo penal.

RUIZ, Tiago. Banco de dados de perfis genéticos e identificação criminal: breve analise da Lei 12.654/2012. Boletim IBCCRIM, São Paulo, SP, v.21, nº 243 p. 3 e 4, fev de 2103.

SALTHIER, Rafael. A identificação e a investigação criminal genética à luz dos direitos fundamentais e da Lei 12.654/2012. 1ª ed. – Curitiba, PR: CR, 2015

SAMPAIO, Artur Livônio Tavares de. A execução Penal e o princípio da dignidadeda pessoa humana. Disponível em: www.jurisway.com.br. Acesso em: 25 fev. 2017.

SOUZA, Rosane Feitosa de; SOUZA, Hudson Fernandes de. Da (in)constitucionalidade do banco de dados com perfil genético decondenados no processo penal. Revista Brasileira de Ciências Criminais. vol. 165, 2020. p. 159-185. mar, 2020. DTR, 2020, 373.

VASCONCELLOS, Vinicius Gomes de. Novas tecnologias e antigos clamores punitivos na justiça criminal: considerações em busca de critérios para a utilização de exames genéticos no processo penal. Revista Brasileira de Ciências Criminais. vol. 110, 2014. p. 329-366. set – out, 2014.

________. Doutrinas Essenciais Direito Penal e Processo Penal. vol. 6, 2015. jan – dez, 2015. DTR, 2014, 18446.

VAZ, Maria João Carvalho. Crítica da nova etiqueta neurocriminológica de perigoso nato.

Revista Brasileira de Ciências Criminais. vol. 144, 2018. p. 81-123. Jun, 2018. DTR, 2018,

Downloads

Publicado

2022-10-10

Como Citar

Soares, J. M. B. (2022). PERFIL GENÉTICO: garantia da coletividade ou afronta a direito individual constitucional. Cadernos Jurídicos Da Faculdade De Direito De Sorocaba, 4(1), 120–141. Recuperado de https://fadi.emnuvens.com.br/cadernosjuridicos/article/view/117

Edição

Seção

Artigos